10 março 2018

Resenha: A Terra Inteira e o Céu Infinito - Ruth Ozeki

em 10 março 2018

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Oie, gente!! Tudo bom com vocês? Hoje trago uma resenha de um livro que me marcou muito: A terra inteira e o céu infinito, da Ruth Ozeki. Continue lendo e saiba o que achei desse livro incrível.

Fonte da imagem: Thiago Barboza

A TERRA INTEIRA E O CÉU INFINITO
SINOPSE: "O que acontece quando um diário perdido encontra o leitor certo? Numa remota ilha do Canadá, a escritora Ruth cata mariscos com o marido na praia quando se depara com um saco plástico coberto de cracas que envolve uma lancheira da Hello Kitty. Dentro, encontra um livro de Marcel Proust, Em Busca do Tempo Perdido, e se surpreende ao descobrir que o miolo, na verdade, é o diário de uma menina japonesa, Nao. A sacola misteriosa, segundo os rumores dos habitantes, é mais um dos destroços do último tsunami que devastou o Japão e foi levado pelas correntezas até a ilha. Desde então, Ruth é tragada pela história do diário de Nao, uma menina que, para escapar de uma realidade de sofrimento – de bullying dos colegas e de um pai desempregado e suicida –, resolve passar seus últimos dias lendo as cartas do bisavô, um falecido piloto camicase da Segunda Guerra Mundial, e contando sobre a vida da avó, uma monja budista de 104 anos."
O livro apresenta a historia de Ruth, uma escritora descendente de japoneses que vive numa ilha remota no noroeste do pacifico com seu marido e gato, que não consegue encontrar inspiração para escrever novamente . Um dia, ao caminhar pela praia, acaba encontrando uma lancheira de Hello Kitty, com objetos bastantes curiosos, entre eles temos um diário, cartas escritas em japonês e um relógio antigo.

A partir disso, conhecemos nossa segunda narradora, Naoko Yasutani, uma adolescente japonesa sarcástica, engraçada, um pouco obscena, mas que deseja se desligar do tempo. Sim, ela deseja a morte e planeja cometer suicídio. Mas, antes de concluir sua vontade, ela quer escrever a historia de sua bisavó, uma monge budista, anarquista, romancista e Nova Mulher da era Taisho.

Assim, Ruth se interessa em ler o diário e traduzir as cartas buscando inspiração, mas se vê angustiada com o que encontra. No decorrer da escrita da Nao, ela foge do assunto principal e passamos a conhecer sua historia e seu sofrimento que aflige sua família ao mudarem para o Japão, depois que seu perdeu o emprego no EUA. Seu pai não consegue encontrar um novo emprego e tenta suicídio varias vezes. Naoko é considerada estrangeira no novo colégio e começa a sofrer bullying por parte dos colegas ( Se preparem, porque acontece coisas bem pesadas fisicamente e psicologicamente).

A autora nos apresenta ambas personagens por meio de capítulos alternados, ora narrados em primeira pessoa por Nao, ora narrados em terceira pessoa pela Ruth. O livro tem bastante referencias e filosofias budistas, cheio de reflexões e passagens que deixa os leitores loucos para marcarem alguns trechos.

Intensidade é a palavra que melhor define este livro. As passagens sobre o bullying são pesadas e tensas, a situação vivida na casa da Nao é triste e desgastante. E vamos sofrer junto com a Ruth, que busca saber o paradeiro da garota.

A leitura não é fácil e recomendo ler com calma e sentir tudo o que esse livro quer transmitir ao leitor. Com certeza foi uma experiência gratificante, apesar das cenas fortes. A autora soube trabalhar de uma forma natural, sem exageros excessivos. Certamente quero ler sim mais obras da Ruth Ozeki. Com sua escrita poética, envolvente e reflexiva, ela se tornou uma das escritoras que quero ter sempre em minha estante.

Espero que vocês tenham gostado e busquem o mais rápido por este livro. É uma leitura que eu recomendo demais. Beijos e um forte abraço!!!

Escrito por Thiago Barboza

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