07 maio 2017

Resenha do Documentário "O Invasor Americano"

em 07 maio 2017

5 comentários
O Invasor Americano, um documentário de 2015, do diretor e produtor Michael Moore, é um filme que mostra um homem, Moore, que mora no Estados Unidos da América, e recebe uma missão: invadir outros países para conseguir roubar as ideias boas desses lugares, o estadunidense Michael visita vários países e rouba inúmeras ideias. 


Fonte da imagem: Cenas do documentário/Edição: Luana Vitória

O primeiro país a ser invadido é a Itália, um local onde os trabalhadores têm realmente direitos, eles têm em média 2 meses de férias remuneradas durante o ano, em dezembro todos os trabalhadores recebem um 13° salário, um direito de receber um pagamento a mais para ser gasto em férias. As fábricas têm 2 horas de almoço, então todo trabalhador pode ir para casa almoçar com a família. Os italianos lideram a lista de países com maior expectativa de vida do mundo, vários fatores contribuem para este fato, mas os italianos são felizes com os seus respectivos trabalhos e têm lazer, isso sem dúvida contribui para que ele esteja no topo. 

Fonte da imagem: Cenas do documentário
O segundo país é a França, um local que zela por seus alunos, a merenda das escolas francesas é excelente, escolas públicas têm cardápios dignos de restaurantes 4 estrelas. A escola e o município se preocupam com uma boa alimentação para as crianças, existem reuniões para decidir o cardápio de cada mês. 

A Finlândia é o próximo país, ele lidera o ranking de país com melhor educação do mundo, alguns anos atrás ela, a Finlândia, ficava em uma posição muito ruim e resolveu que estava na hora de mudar, a escola começou a testar novos métodos, um deles foi que os alunos não tivessem lição de casa, a escola também tem um número de horas muito reduzida em comparação com outras nações, eles ficam em média de 4 a 5 horas por dia na escola. Outra grande mudança é que as provas finlandesas são dissertativas, ou seja, o aluno escreve sua resposta, não existe um sistema de múltipla escolha, em que os alunos só têm que assinalar. As escolas em sua grande maioria são públicas, então todas as crianças recebem a mesma educação, por isso muitos pais ricos investem em uma ótima educação para os seus filhos e, consequentemente, todas as crianças terão essa boa educação. 

Fonte da imagem: Cenas do documentário
Partindo para a Eslovênia, um país onde há ensino superior gratuito e é ilegal cobrar por educação nas universidades. Com isso, os estudantes das universidades eslovenas não têm dívidas estudantis, eles apenas se preocupam em estudar, acreditando que, não se deve cobrar educação, mas sim recebê-la de forma gratuita.

Fonte da imagem: Cenas do documentário
Já na Alemanha, o sistema de saúde pública pela ótica dos operários é instigado, como é a forma que seus funcionários são tratados e como se é levada em grande importância a saúde, podendo assim cada funcionário tirar licença do trabalho para relaxar e tirar todo estresse se o está prejudicando. Também é destaque como os alemães tratam a respeito da educação, de ainda na escola eles falarem sobre o holocausto, sobre toda tragédia, reconhecendo os atos que foram feitos.

Em Portugal, onde a questão das drogas deixou de ser tratada como um crime, o número de prisões que está relacionado ao uso de drogas baixou, associando-a como uma questão de saúde não como um crime, assim elevando a segurança do país.

Fonte da imagem: Cenas do documentário
Enquanto na Noruega, prioriza-se a reabilitação do preso, focando na educação, cultura e em reinserir o indivíduo na sociedade, para que ele não volte a cometer crimes, sendo as prisões praticamente colônias de férias, onde a punição dos detentos seria o afastamento da família e de pessoas que eles amam, tornando, assim, a reabilitação do preso mais propícia e também tornando um país com um dos menores índices de homicídio.

Fonte da imagem: Cenas do documentário
Em direção à Tunísia, um país muçulmano no Norte da África e onde o aborto é legalizado desde 1973, existem 24 centros de saúde para mulheres gratuitos, pois são financiados pelo governo, cujo objetivo é a contracepção dessas mulheres com DIU's (dispositivo intrauterino), pílulas, implantes e preservativos. E a população concorda, acredita que cuidar da saúde da mulher é também um passo para igualá-la aos homens e proporcionar uma melhor expectativa de vida. Conquista que começou com uma revolução no dia 14 de janeiro. Um jovem de 26 anos ao não conseguir emprego foi forçado a vender frutas na rua e, depois de ser perseguido e insultado por corruptos, ateou fogo em si mesmo. Ato que deu coragem ao povo, que armado apenas com as frutas, foram exigir seus direitos na casa do ditador. Com um governo democrático instalado, não quiseram aceitar os direitos das mulheres na constituição, o que provocou outra revolta, em que as mulheres do país pararam e foram para as ruas, confirmando que sem elas, nada funciona. Aos poucos todo o povo se juntou a elas e conseguiram o artigo 46, que garante seus direitos. 

O último país visitado foi a Islândia, no qual em 24 de outubro de 1975, as mulheres entraram em greve e param o país. Cerca de 90% de todas as melhores de lá pararam, nem mesmo as escolas abriram, provando que sem elas nada poderia funcionar. Com o sucesso dessa greve, 5 anos depois, em 1980, a Islândia elegeu a primeira mulher como presidente de forma democrática no mundo. Com todas essas conquistas, os cargos administrativos também foram divididos com elas, por lei é preciso ter 40% de homens e 40% de mulheres ocupando esses cargos, restando 20% que podem ser preenchidos tanto por homens, quanto por mulheres. Elas argumentam que quando os homens possuem um nível alto de testosterona, acabam tomando decisões de risco para a empresa, enquanto as mulheres estão sempre pensando no que é melhor para todos. 

Nesse pensamento, cerca de 70 banqueiros responsáveis por destruir a economia do país, foram condenados e enviados para viver muito longe da sociedade, com a intenção de que não pudessem mais prejudica-lo e foram dados cargos responsáveis por decisões econômicas para as mulheres também, o que proporcionou uma melhora impressionante, fazendo com que se recuperassem completamente. 
"Se o mundo pode ser salvo, serão as mulheres que o farão. E elas não o farão com guerras, elas farão com palavras." - Primeira Presidente Mulher do Mundo, Vidgís Finnbogadóttir
Michael Moore se encontra com um amigo e conversam sobre novembro de 1989, o dia em que pegaram um martelo e um formão, foram para o muro de Berlim e começaram a martelar o muro com o objetivo de derrubá-lo. No mesmo momento em que essa revolução acontecia, Mandela saiu da prisão e tornou-se presidente da África do Sul.

Um documentário com muito conhecimento sobre diversos países no mundo, focando nos ensinamentos positivos que podem passar para o telespectador. Cenas que chocam e fazem pensar, enquanto outras fazem sorrir. Moore chega à conclusão de que a maioria das ideias que pretendia levar para seu país, na verdade, saíram do EUA, foram adaptadas e praticadas para que realmente funcionassem e houvesse uma devolutiva positiva da população.

5 comentários :

  1. Nossa fiquei com vontade de assistir, o mundo precisa que mais ideias assim sejam roubadas e semeadas por tds os lugares.

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Belo documentário e resenha, adorei!

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  4. Assisti na escola, é muito bom! Realmente todos deviam assistir

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