01 fevereiro 2019

Resenha: "O Outro Lado do Amor" da autora K. C. Bergamini

em 01 fevereiro 2019

Comente aqui

Oiii pessoal!!!


A resenha de hoje é sobre um livro que eu estava enrolando bastante para terminar, ele me pegou desprevenida e acho que nunca chorei tanto em um livro. "O Outro Lado do Amor", publicado de forma independente pela autora K. C. Bergamini em 2017, possui 224 páginas. Além da versão em e-book disponível na amazon, é possível adquirir físico com a autora.


Fonte da imagem: Ingrid Santana
Sinopse: "O amor pode ser duro, o amor pode ser leve, o amor pode nos esvaziar e nos transbordar. Emília, uma mulher mais determinada do que imagina, amou com todas as forças um homem, mas dedicar forças demais a algo é também se deixar enfraquecer. Dentro do próprio casamento, viu-se sozinha, abusada, humilhada e precisou partir. Com pouco do que restou de si mesma, Emília saiu de casa com sua filha sabendo apenas que precisava recomeçar. Precisava curar as feridas de um amor que a fez refém. E reconstruir-se depois de ter o coração estilhaçado pode ser desafiador. Para ser livre, Emília precisa de respostas, precisa reencontrar-se.
Mas como ser forte o bastante e deixar o coração livre para um novo amor depois de tanto sofrimento?
Em capítulos intensos que nos levam ora à angústia, ora à esperança, Emília nos conta a história de como descobriu no amor outros sentimentos, outros lados, outros caminhos e como lutando contra seus medos, enfrentando suas angústias, derrubando as barreiras que o passado lhe impôs pode enfim ser livre.
*************************************
ATENÇÃO: 
Esse livro não é um conto de fadas. Retrata a verdadeira luta de uma mulher para resgatar a sua dignidade. 
Não indicado para menores de 18 anos. 
Livro possui cenas de violência doméstica e contém cenas de violência psicológica e sexual."
Esse livro nos conta a história de Emília, ou Lia, uma moça que quando jovem conhece um rapaz que parece ser o homem que pediu aos céus. Encantador, educado e romântico. Mesmo sendo ainda muito jovem, acabam se casando e é já na noite de núpcias que ela conhece de verdade com quem se casou.

O relacionamento já era abusivo antes do casamento, porém em pequenos detalhes e que ela via como algo normal, irrelevante. Mas então, a menina amável e com um futuro brilhante se tornou o brinquedo de um homem violento. 

Quando as ameaças começam a incluir sua filha, Lia decide que chegou ao limite e precisa fugir. Com a ajuda da pequena, pensa em um plano perfeito, ou quase isso. A menina finge estar doente, fazendo cenas de vômitos e forjando estar com febre, o convence de que precisam ir ao hospital. 
"Nenhuma vez ela reclamou ou demonstrou cansaço. Ela faria tudo para ir embora daquela casa. Nós estávamos dispostas a fazer qualquer coisa." - Página 32.
No momento de entrar na sala, apenas um acompanhante poderá entrar, conforme Nanda faz mais uma cena, querendo que a mãe entre, ele fica esperando na recepção. Exatamente da maneira que planejaram, é assim que Lia confessa o ocorrido para Mônica, a médica que iria atender a pequena. 

O que não estava nos planos era que não tinham para onde ir, ela fantasiou uma realidade que não existe. Mulheres que sofreram abusos não possuem nenhum suporte por parte da justiça, quem dirá um local que abrigasse ela com a filha. É nesse momento que a história das duas muda completamente. 
"Quando deixamos os sentimentos guiarem nossas decisões, ficamos predispostos a nos machucarmos... profundamente!" - Página 57.
Essa não é uma história para devorar em um dia, mas sim para apreciar. Definitivamente um livro forte e que requer um bom emocional. A autora nos traz a realidade de muitas mulheres atualmente, uma coisa que nem deveria acontecer. 

O tema principal do livro não é apenas a violência física, mas também a verbal e psicológica, evidenciando o quando isso afeta a vítima, não apenas naquele momento, mas durante toda a sua vida. São correntes pesadas demais para carregar e que geralmente estão com cadeado cujo a chave foi jogada fora.
"Quanto mais funda a ferida, maior a cicatriz que deixa." - Página 57.
Chorei do começo ao fim, mesmo os momentos mais felizes eram carregados de emoção e sentimento. Não foi uma leitura leve e muito menos rápida, mas foi uma das melhores de janeiro sem sombras de dúvidas. 

Escrito por Ingrid Santana

0 comentários :

Postar um comentário

Gostou? Então deixe seu comentário!

TOPO